terça-feira, 27 de julho de 2010

Parabéns ao professor Derval Gramacho pelo Mestrado

O jornalista e professor Derval Gramacho, coordenador dos cursos de Comunicação Social (Jornalismo e Propaganda & Marketing) da Faculdade 2 de Julho, está comemorando uma importante conquista acadêmica: a aprovação de sua dissertação de mestrado Toré: uma tradição inventada na etnogênese dos Kiriri "pela sua relevância e mérito científico".

A banca foi composta pelos professores Dr. Paulo de Assis Almeida Guerreiro (orientador), Dr. Gustavo Roque de Almeida (UFBA) e Dra. Ely Souza Estrela (UNEB). O mestrado foi realizado no Programa de Pós-Graduação em Cultura, Memória e Desenvolvimento Regional, do campus da UNEB em Santo Antônio de Jesus. A defesa realizou-se no dia 26, às 14 horas, no auditório do Campus V da Universidade.
A Assessoria de Comunicação e toda a equipe da Faculdade 2 de Julho parabeniza o professor Derval Gramacho por esta conquista e deseja que ela seja plena de sucesso!

Resumo da dissertação:

Uma leitura do ritual do Toré na prática dos povos Kiriri (BA) sob a ótica da teoria da tradição inventada, proposta pelo pesquisador inglês Eric Hobsbawm (2008) foi o tema da dissertação. A teoria sustenta que muitas das tradições presentes no mundo contemporâneo na verdade se constituem em tradições inventadas, termo pelo qual se entende como um conjunto de práticas normalmente reguladas ou abertamente aceitas e que abarca, além das tradições propriamente inventadas, construídas e formalmente institucionalizadas, também aquelas cujo aparecimento se torna difícil de localizar em um período de tempo e que se estabeleceram nas sociedades com enorme rapidez. Este estudo igualmente busca identificar a importância deste mesmo ritual enquanto instrumento capaz de servir como definidor de uma identidade étnica.

Detém-se na observação do modus vivendi dos Kiriri e busca reconstituir um pouco da história deste povo que alcançou o reconhecimento de sua indianidade nos anos de 1970 e somente em 1995 vem resgatar a posse de suas terras no município de Banzaê, no sertão baiano. O objetivo deste estudo é ver como a adoção do Toré como sinal diacrítico identitário dos povos indígenas do Nordeste, conforme instituído pelo Serviço de Proteção ao Índio (SPI), a partir de meados do século XX, mobilizou a comunidade dos Kiriri para adquirir e incluir o ritual e como sua práxis influenciou as transformações do cotidiano da vida da coletividade.


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